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Dona Jandira e a trezena de Santo Antônio: 70 anos de fé que iluminam Camaçari

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Dona Jandira e a trezena de Santo Antônio: 70 anos de fé que iluminam Camaçari

Aos 94 anos, Dona Jandira mantém viva uma das mais antigas tradições religiosas da cidade, reunindo gerações em torno da fé e da devoção ao santo casamenteiro.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Saadia Souza

Na Rua Coronel Tamarindo, no bairro Camaçari de Dentro, a fé floresce há mais de sete décadas com a mesma intensidade de sempre. Em uma casa simples, mas carregada de espiritualidade, Dona Jandira, aos 94 anos, conduz a trezena de Santo Antônio, uma tradição iniciada por seu pai e que hoje atravessa gerações, tocando corações e fortalecendo laços comunitários.

Todos os anos, entre os dias 1º e 13 de junho, sua residência se transforma em um espaço sagrado. O altar, decorado com flores, fitas e imagens religiosas, acolhe fiéis, vizinhos e familiares que se unem para rezar, agradecer e renovar a esperança. “Eu sinto aquela emoção, aquele prazer mesmo, de rezar o meu Santo Antônio, com todo o clamor, alegria e carinho. Porque eu considero a herança que o meu pai me deu e, até o dia que Deus permitir, eu estarei aqui contribuindo com o Santo Antônio”, afirmou emocionada.

A devoção nasceu ainda na juventude, quando ela tinha apenas 13 anos. “O Santo Antônio era de meu pai. Quando ele ficou mais velho, cansado, disse que o santo aria a ser de minha responsabilidade. Ele me ensinou, me orientou, e eu dei continuidade. E estou até hoje”, contou. De lá pra cá, foram décadas de orações, promessas e graças alcançadas. “Eu tenho alcançado graças, me sinto muito agraciada. Eu louvo a ele e ele me abençoa em dobro”, acrescentou.

Hoje, seus filhos e netos já a acompanham e aprendem os ritos com o mesmo carinho. A tradição se fortalece no convívio familiar e no afeto coletivo. Dona Jandira sabe que o tempo a, mas a fé permanece: “O mais importante é manter viva essa chama. É amor, é respeito, é fé”.

A história de Dona Jandira é também a história da religiosidade popular de Camaçari. Em tempos de correria e distrações, ela resiste, com firmeza, doçura e devoção, sendo exemplo de que a fé é um legado que se planta no coração e floresce na comunidade.

Por: Igor Santiago

 

 

 

 

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